Coisas boas de 2021
Este é um exercício que eu gosto sempre de fazer no final de cada ano, sobretudo quando os anos estão tão cheios de coisas más que custa lembrar as boas - e este foi sem dúvida alguma um desses anos. 2021 foi um dos piores anos da minha vida, sobretudo no que diz respeito à minha saúde mental. Por isso, hoje venho contrariar o negativismo e recordar as coisas boas deste ano.
Terminei o Mestrado e deixei a universidade
Quem me segue há algum tempo já sabe que no último ano de Mestrado percebi que não queria seguir aquela área profissionalmente. Hoje, confesso, nem sei porque é que o terminei, mas o que é certo é que já me estava a dar mais dores de cabeça do que qualquer outra coisa e eu já estava cansada de ser estudante universitária, por isso foi bom ter finalmente terminado o curso e ter podido virar essa página sem olhar mais para trás.
Vi os Capitão Fausto ao vivo pela primeira vez
Quem me conhece sabe que são uma das minhas bandas favoritas de sempre, e eu, como pessoa do interior, estava há anos à espera de poder vê-los ao vivo por cá. Para as pessoas de Lisboa, concertos de Capitão Fausto há "todos os dias", para mim só houve aquele e possivelmente não haverão mais por muito tempo daqui em diante. Surgiu esta oportunidade e eu tive de aproveitá-la. Foi uma noite maravilhosa que recordo até hoje com enorme felicidade. Resta esperar que possam cá voltar um dia.
Fiz uma formação virada para Marketing
Em Março fiz uma formação do IEFP que, apesar de não se centrar apenas no Marketing, incidia maioritariamente nessa área. Durou três meses e na altura até me fez dar um passo atrás na decisão de mudar de área, porque fiquei overwhelmed com a quantidade de coisas que percebi que tinha ainda para aprender. Mas foi uma experiência que adorei; o formador que estava encarregue de todas as unidades ligadas ao Marketing era 5 estrelas, daqueles que se nota que gostam realmente de ensinar e de fazer a diferença no formando. Foi uma coisa que reforçou ainda mais a ideia de que me vejo muito a trabalhar nesta área e a fazer disto vida.
Tempo em família
Se antes do covid os convívios com a família já eram relativamente poucos, depois desse maldito vírus passaram a ser ainda menos. Embora não seja numa quantidade propriamente significativa, este ano deu para matar algumas saudades desses tempos e ter um ou outro momento de reunião familiar. Voltar a poder ver e estar com familiares em grande número foi muito bom. Felizmente, as vacinas vieram dar um pouco mais de liberdade para isso, pelo menos nas alturas menos más da pandemia (já que o Natal voltou a ser passado em casa, a dois).
Fiz um ano de relação
Bom, na realidade a coisa boa é a pessoa e a relação em si; pouco interessa o tempo, até porque o objectivo é que sejam muitos mais anos. Este ano foi mesmo muito complicado para mim e às vezes pergunto-me como teria sido se não estivesse nesta relação e não tivesse o apoio constante que tive por parte dele. Não tenho respostas certas porque não tenho nenhuma bola de cristal, mas acho genuinamente que teria sido ainda pior. Agradeço todos os dias por ter este ser maravilhoso na minha vida. Só espero que em 2022 possa estar do meu lado em melhores tempos.
Arranjei emprego
Foi preciso passar a primeira metade do ano para ter desenvolvimentos nesta área da minha vida. Da primeira vez, percebi desde logo que não ia encaixar naquele sítio e tomei a decisão consciente de denunciar o contrato. Da segunda vez, tive uma experiência horrível num sítio horrível, com uma equipa horrível e uma chefia horrível. Como diz o ditado, à terceira é de vez e estou até ao momento num novo emprego que estou a adorar. Apesar de ter passado pouco tempo, tenho quase 100% de certezas que ainda vou ficar ali algum tempo e que me saiu a sorte grande. Apesar de ser part-time e não ser a minha profissão de sonho, fui parar a um sítio com condições razoavelmente boas de trabalho para o que se pode pedir hoje em dia, com uma equipa e chefia extremamente impecáveis. Até ver, estou a adorar e acho que na fase de vida em que me encontro é o emprego ideal para mim.
Tenho alguns objectivos a curto e médio prazo para o ano que se avizinha, mas pela primeira vez apetece-me viver um dia de cada vez ou, no máximo, uma semana ou mês de cada vez e ver o que acontece. Tenho essas tarefas definidas, coisas que quero fazer, mas ao mesmo tempo sinto que não vale a pena fazer planos. Pela primeira vez não vou escrever um post de objectivos para o novo ano. Para ser sincera a maioria desses posts acabam a não ser assim tão cumpridos, pelo que não vejo propósito.
Sinto que estou a começar uma nova etapa na minha vida. Quero saboreá-la e deixar todas as amarguras de 2021 para trás. Desta vez, vou deixar-me levar pela maré.
Desejo a todos, do fundo do coração, um ano feliz e repleto de saúde.
2022, sê bom, por favor!