Os melhores momentos de 2022
E claro, para terminar o ano "em grande", falta o último, mas clássico e importante post: o dos melhores momentos do ano. Estas reflexões pessoais são sempre importantes para mim, pessoa que tende a ser negativa. Ajuda-me a perceber que também coisas boas aconteceram no meio desta salganhada toda que é a vida.
2022 nem foi um ano propriamente mau. Talvez a primeira metade tenha sido a pior, muito pelo emprego em que me encontrava e o ambiente que lá vivia. Felizmente, na segunda metade do ano a minha vida sofreu algumas transformações e, apesar de não ser tudo perfeito, a verdade é que as coisas melhoraram bastante.
Talvez 2022 seja o primeiro ano que termino a sentir-me verdadeiramente contente. Não feliz, mas contente. Com o modo como as coisas se desenrolaram, como a minha vida se encontra de momento (mesmo com as suas falhas), com as coisas que consigo ver que o futuro ainda me reserva. 2022 foi um ano bom. E acho que não sentia isto há demasiado tempo. Passemos então às coisas boas que este ano me reservou!
Idas a Lisboa
Penso que já aqui referi que Lisboa é uma das minhas cidades preferidas, sempre que lá vou sinto que é a minha segunda casa, apesar de nada me prender lá. Este ano consegui ir lá três vezes, e todas com o seu propósito especial. Da primeira vez, passei as primeiras mini-férias de Verão com o meu namorado (e pude apresentar-lhe a cidade que ele não conhecia); da segunda vez pude experienciar pela primeira vez a Feira do Livro, e como bónus ainda consegui conhecer a Rita da Nova e o Guilherme Fonseca. Já a terceira vez foi há duas semanas e foi para celebrar dois anos de namoro.
Gostei de todas elas e espero que em 2023 possa lá voltar de vez em quando para revisitar a cidade que mais me faz feliz.
Mudança de área e novo emprego
Esta é talvez a coisa mais significativa e importante que me aconteceu este ano. Eu, pessoa que cortou laços com Psicologia após a universidade e sonhava em trabalhar em Marketing, consegui efectivamente mudar de área e começar a ganhar conhecimentos e experiência na área que tanto queria.
A minha vida deu uma volta de 180º em todos os aspectos e mais alguns e, apesar de alguns aspectos desta jornada não serem de todo os melhores e os mais ideais, neste momento não me posso queixar totalmente daquilo que estou a experienciar e viver.
Estou muito feliz por ter conseguido um emprego nesta área, e portanto ter conseguido cumprir a mudança profissional, estou feliz por estar a ganhar experiência, e estou feliz porque também recebo mais do que recebia no meu emprego anterior (que ainda por cima era part-time).
Não creio que vá traçar objectivos para 2023 mas a única meta que realmente tenho e espero conseguir é mudar de emprego, não por não gostar de onde estou, mas porque de facto nem tudo nesta situação é um mar de rosas e as condições em que me encontro não são as melhores. Apesar disso, só este primeiro passo que foi dado já significa muito para mim.
Poder ver o "Processo" do Diogo Batáguas ao vivo
Eu sei, este parece menor ao pé de todos os outros mas há aqui muita coisa para descortinar. Primeiro, o facto de eu viver na terrinha: de vez em quando temos cá espectáculos de comédia, mas pessoalmente ainda nenhum me tinha atraído e por isso foi com 29 anos que assisti ao meu primeiro espectáculo de comédia de sempre. Segundo, o facto de eu gostar bastante de ver todos os meses o "Relatório" do Batáguas - vídeos que ele faz mensalmente com as notícias mais relevantes desse mesmo mês. Foi aquilo que me fez começar a gostar mais do Batáguas e provavelmente é dos poucos comediantes a quem ligo mais neste momento. E terceiro, o simples facto de ser um espectáculo de comédia e, portanto, ter passado mais de uma hora a rir. Nada me parece ser melhor que isso.
Foi uma experiência agradável e, apesar de não ter o mesmo nível de significância pessoal que outros momentos tiveram, vai ser sempre uma boa memória que ficou de 2022.
A atenuação do Covid
Não quero dizer que terminou, porque todos sabemos que não, mas posso dizer que este ano foi a primeira vez que passei o Natal em família desde que o Covid começou. E para mim não há nada melhor que poder voltar a experienciar esta época com alguma liberdade pré-pandemia. Não há nada melhor que não me sentir mais presa às máscaras, ao álcool gel e às preocupações de infecção por cada coisa que antes parecia normal. Acho que esta foi uma das melhores coisas do ano.
Respeito perfeitamente quem ainda sente hesitação e ainda se protege. Quanto a mim, pensei que fosse demorar mais a habituar-me à normalidade, mas parece que subestimei o quanto tinha saudades do normal. Foi fácil, rápido. Espero que nenhum de nós tenha de repetir a experiência nunca mais.
O meu aniversário
Nunca pensei colocar isto numa lista de melhores momentos do ano porque sempre fui aquela pessoa que detestou fazer anos. Este ano deu-me vontade de os celebrar: fiz um jantar com amigos no próprio dia e uns comes-e-bebes com familiares no dia seguinte, com direito a bolo de Friends. Fez-me sentir tão grata pelas pessoas que tenho comigo que, pela primeira vez na vida, gostei mesmo de fazer anos (e em 2023 vai-se repetir: são os 30, têm de ser celebrados).
E pronto, para mim estas foram as situações que mais se destacaram em 2022. Se quiserem partilhar, estou aqui para escutar as vossas. Resta-me apenas desejar-vos um óptimo 2023, cheio de saúde acima de tudo, porque sem isso não somos nada. Um feliz ano!