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mil e quinze

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21
Fev23

Filmes | Midsommar

Vera

Depois desta experiência cinematográfica só consigo pensar no Hereditary e perguntar-me porque é que tento ver filmes do Ari Aster. Não vai acontecer mais, posso prometer.

 

poster do filme midsommar

 

Depois de um acontecimento trágico na sua vida, Dani viaja para a Suécia com o namorado Christian e os seus colegas estudantes de antropologia - mais concretamente, para uma "aldeia" num meio rural onde um desses colegas foi criado. Esta viagem acontece porque está na altura do festival do solstício de Verão - Midsommar - onde várias tradições acontecem.

 

Ora, este filme é muito bem falado e portanto eu ia com as expectativas em alta, sem saber na verdade que tinha a realização e guião em comum com o Hereditary (quem está confuso por eu estar sempre a mencionar este filme, leiam só a minha review e já percebem minimamente porquê).

 

E se foram ler a review ou se por algum milagre se lembram que aquilo que gostei menos no Hereditary foi o enredo, também já podem adivinhar o que é que talvez gostei menos aqui.

 

Vejamos, Midsommar é um filme extremamente bem feito em termos técnicos e muito bonito visualmente. Mesmo. A cinematografia, a direcção de arte, o trabalho de câmara, a edição, até a banda sonora - está tudo absolutamente incrível! Mas a narrativa falha tanto para mim que não consegui gostar do filme como um todo. E atenção que estamos a falar de um filme que me fez ter de meter pausa após 10 minutos e avaliar se eu realmente queria continuar a vê-lo, porque nesses míseros 10 minutos foi tão pesado que me afectou mesmo muito... Felizmente essa sensação não se prolongou pelo resto do filme; infelizmente o filme no geral também acabou por não me agradar a 100%.

 

Não percebo qual é a obsessão que o Ari Aster tem em meter bizarrias nos filmes sem qualquer propósito ou sentido por trás, porque já com o Hereditary senti exactamente a mesma coisa. Existe violência gratuita e coisas desse género, e depois para este senhor existe bizarria gratuita. Ouçam, não me interpretem mal: eu adoro filmes bizarros, para coisas normais já bastam as nossas vidas mundanas. Mas para mim essas bizarrias têm de ser coerentes, ter algum sentido por trás. Que foi coisa que não senti com Midsommar (e com Hereditary, na verdade). O que eu sinto que este autor faz com os filmes é que atira coisas estranhas "para cima da mesa" só por serem estranhas e para parecer bué fixe que este filme está cheio de coisas estranhas. Mas depois não tem nada por onde se lhe pegue. Nada.

 

Parabéns à protagonista por ter deixado pessoas e uma relação que não prestam, sim, só para não acharem que eu não percebi a mensagem do filme. Eu percebi. Mas não invalida o resto. Na verdade, a certa altura do filme eu já estava só aborrecida e à espera que chegasse a hora de terminar.

 

Eu nem sabia que Ari Aster tinha sido o realizador e escritor tanto deste filme, como do Hereditary. Depois de ter percebido o denominador comum foi o momento em que decidi cortar caminho com este senhor. Peço desculpa, mas comigo não dá.

 

3.JPG

 

Alguém que tenha gostado mais disto que eu? Peço desculpa se a minha review transparece um pouco de revolta, mas eu não posso mais com estas narrativas.

Edit: Esta publicação foi escrita há umas semanas mesmo depois de ver o filme. Ia alterá-la para não parecer tão revoltante mas não consigo - só de voltar a ler o que escrevi lembro-me do que senti com o filme. Se havia retrato mais autêntico que podia fazer dele (para mim), é mesmo este!

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