FILMES: Soul
Não sei o que aconteceu, mas tenho andado com imensa vontade de ver filmes, o que é estranho se considerarmos que desde Junho do ano passado essa vontade não me visitou quase nunca. Desta vez o escolhido foi o Soul.
Em Soul, duas perguntas se destacam: Você já se perguntou de onde vêm sua paixão, seus sonhos e seus interesses? O que é que faz de você... Você? A Pixar Animation Studios nos leva a uma jornada pelas ruas da cidade de Nova York e aos reinos cósmicos para descobrir respostas às perguntas mais importantes da vida. Dirigido por Pete Docter e produzido por Dana Murray. Fonte: AdoroCinema
Polémicas à parte - até porque fiz questão de ver a versão original -, está aqui um filme muito bonito. Primeiro, deixem-me apenas comentar o quão espantosa continua a ser, para mim, a evolução dos filmes de animação - está tudo tão realista que fiquei maravilhada. Os planos a mostrarem a cidade parecem autênticas fotografias. Os pormenores nas peles das personagens, sobretudo a sua textura - está tudo fantástico.
O seu significado e a intenção por parte da Disney ao produzi-lo não podem ser ignorados - dar voz, acesso, visibilidade e representatividade às pessoas de raça negra é, a cada dia que passa, cada vez mais importante. Sei que isso foi conseguido quando, há uns dias, vi uma notícia com o Jamie Foxx a falar do quão extasiada ficou a sua filha quando soube que o pai dela ia estar "num filme da Disney!".
Este filme é bonito de todas as maneiras: visualmente e na sua história. Ensina-nos (ou relembra-nos) as coisas que realmente importam na vida. Mostra-nos que os nossos sonhos e objectivos são, sim, importantes, mas que muitas vezes, na corrida para os alcançar, esquecemo-nos de tudo o resto que nos envolve e dá sentido à nossa existência. E também mostra que mesmo sem isso, nos esquecemos de viver. Da importância que têm as pequenas coisas e os laços com as pessoas. A meu ver, a premissa central é mesmo esta: por vezes, estamos tão absortos nas nossas coisas, na nossa vida, nos nossos problemas, que nos esquecemos de olhar em volta e admirar a beleza do que nos envolve e as vidas de quem nos rodeia, mostrando que há mais para ver na vida e no mundo do que apenas a nós próprios.
Como já seria de se esperar, é um filme para qualquer idade e recomendo muito ver, quanto mais não seja pela experiência cinematográfica em si (não aprofundei a beleza visual do filme porque não sei como o fazer, mas é realmente muito bonito de se assistir).
Já viram ou têm curiosidade de ver?